terça-feira, 5 de abril de 2022


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SAL DA TERRA, LUZ NO MUNDO

TEXTO ÁUREO

“Vós sois o sal da terra; [...] Vós sois a luz do mundo.”

(Mt 5.13,14)

 VERDADE PRÁTICA

A influência dos cristãos na sociedade é inevitável. Do ponto de vista bíblico, o mundo não pode estar indiferente aos verdadeiros.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Mateus 5.13-16

13 - Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.

14 - Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;

15 - Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa.

16 - Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.

 

INTRODUÇÃO

Nesta lição, enfatizaremos o papel de “sal e luz” que o cristão deve ter no mundo. Não basta denominar-se cristão, mas sim fazer a diferença no lugar onde vivemos. Por isso, tomaremos duas metáforas pelas quais Jesus ensinou a respeito da relevância de seus discípulos no mundo: o sal e a luz. Como esta ilumina o lugar de trevas, e aquela tempera e conserva o alimento, somos chamados a influenciar o mundo atual. 

I – O SAL TEMPERA E CONSERVA

1. Definição. Na Bíblia, a palavra “sal” aparece como substância branca usada como tempero, remédio e conservante. No grego bíblico, há pelo menos quatro significados para a palavra halas, substantivo neutro para sal:1) como tempero; 2) como substância fertilizante para a terra arável; 3) como substância que conserva os alimentos da deterioração; 4) como sabedoria e graça no discurso.

2. A importância do sal. Podemos dizer que o sal tem a função de dar sabor, pois um alimento na medida certa de sal é saboroso. Essa função simboliza a vida moderada, equilibrada, de modo que traz uma ideia de boa influência do crente sobre o mundo. Outra função do sal é a de preservar o alimento da deterioração. Quando não havia tecnologia de refrigeração, preservava-se a carne esfregando-a no sal e deixando-a na salmoura. Essa função traz uma ideia de oposição ao mundo, pois os cristãos, como sal, são “esfregados” num mundo em processo de apodrecimento moral e espiritual.

3. O cristão como sal. Como cristãos, devemos influenciar o mundo que se encontra em estado de podridão espiritual. Nesse aspecto, o cristão deve expressar os valores morais e espirituais do Evangelho em sua vida, opondo-se aos valores do mundo. Não esqueçamos, portanto, de nossa identidade verdadeira na relação que temos com este mundo, de acordo com as palavras de nosso Senhor: “vós sois o sal da terra”.

 

II – A LUZ ILUMINA LUGARES EM TREVAS

1. Conceito físico e metafórico. A luz procede dos corpos celestes (própria: estrelas; refletida: lua, planetas etc.) que traz claridade e, por isso, é capaz de iluminar os objetos e torná-los visíveis. Assim, a lâmpada emite luz, o fogo espalha a luz. Enfim, a luz ilumina tudo e, portanto, não deixa lugar para trevas. Do ponto de vista bíblico, a luz pode ser aplicada metaforicamente a); a Jesus; à Palavra de Deus; aos discípulos de Cristo.

2. O cristão como luz. Nas palavras de Jesus não há dubiedades. Observe que Ele não disse: vós deveis ser a luz; mas sim: vós sois a luz. No Reino de Deus, o que se espera do cristão é que seja e viva como luz deste mundo. Ao referir-se ao crente como luz, Jesus faz menção às boas obras produzidas por cada um de nós. Essas obras se caracterizam pelos atos de amor e fé manifestos na vida do crente por meio de um testemunho verdadeiro diante dos homens. Logo, a vontade de Deus é que as nossas boas obras resplandeçam como luz e sejam vistas por todos os homens e estes glorifiquem a Deus.

3. A luz em lugares de trevas. Quando disse que não se pode esconder uma cidade edificada sobre o monte, Jesus referia-se à impossibilidade de esconder o brilho da luz. No Reino de Deus, cada crente é uma luz que brilha no mundo o tempo todo. Nesse sentido, a natureza de quem passou pelo Novo Nascimento é espalhar a “luz do mundo” por meio da própria vida. Por isso, o crente deve estar no lugar para o qual foi chamado, fazendo brilhar a luz por intermédio da boa obra. Entretanto, é preciso atentar para esta verdade bíblica: o cristão não pode manter sua vida como luzeiro pela própria força, mas por intermédio do Espírito Santo que o fortalece.

III – DISCÍPULOS QUE INFLUENCIAM

1. Sendo “sal”. O sal não aparece, pois atua de maneira oculta e silenciosa. Essa referência nos ensina que, antes de testemunharmos publicamente, é preciso renovar o “homem interior”. Ou seja, antes de propagar uma mensagem pública, ela precisa ser verdadeira dentro de nós. Nesse sentido, o nosso testemunho não será titubeante. Assim, o sal poderá estar fora do saleiro, espalhando-se por todo o mundo.

2. Sendo “luz”. Como luz, o cristão deve “brilhar” na família, na escola ou na universidade, no trabalho e em toda a sociedade. Os seguidores de Jesus não podem se esconder. Eles são chamados a andar na luz como na luz Deus está. Logo, se o nosso caminho é luz, não pode haver trevas. Nesse caminho não há lugar para escuridão, pois o caminho de Deus é de luz que reflete sob sua Palavra.

3. A influência cristã. Paulo disse que temos um tesouro em vasos de barro. Esse tesouro é a verdade do Evangelho. Nós devemos portá-la como bandeira num mundo que inteiramente jaz no Maligno. Com isso, influenciar a sociedade não significa que o crente seja excêntrico ou ostente alguma coisa. Pelo contrário! A postura de quem é sal e luz é a de um embaixador de uma pátria, cujas referências são a longanimidade, a mansidão e a moderação, bem como outras virtudes do Fruto do Espírito. Portanto, o modo de viver por meio de uma nova vida, e da prática de boas obras, levará os homens a glorificar a Deus. Ouçamos, pois, o conselho de Paulo: “veja prudentemente como andais”.

CONCLUSÃO

Neste mundo dominado pelas trevas do pecado, só mesmo a influência dos servos de Cristo para promover verdadeiras mudanças. É preciso que a luz divina brilhe a partir de nós para que todos vejam as nossas boas obras e glorifiquem o Pai. Mas também é preciso lembrar de que sem um verdadeiro testemunho o Evangelho não será levado a sério entre os homens. Entretanto, se o cristão mostrar uma vida verdadeiramente transformada, sincera e sem artificialismo, exerceremos o nosso papel de sal da terra e luz do mundo.

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