TEXTO ÁUREO
“Vós sois o sal da terra; [...] Vós
sois a luz do mundo.”
(Mt 5.13,14)
VERDADE
PRÁTICA
A influência dos cristãos na sociedade
é inevitável. Do ponto de vista bíblico, o mundo não pode estar indiferente aos
verdadeiros.
LEITURA BÍBLICA EM
CLASSE
Mateus 5.13-16
13 - Vós sois o sal da terra; e, se o
sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se
lançar fora e ser pisado pelos homens.
14 - Vós sois a luz do mundo; não se
pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
15 - Nem se acende a candeia e se
coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na
casa.
16 - Assim resplandeça a vossa luz
diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso
Pai, que está nos céus.
INTRODUÇÃO
Nesta lição, enfatizaremos o papel de
“sal e luz” que o cristão deve ter no mundo. Não basta denominar-se cristão,
mas sim fazer a diferença no lugar onde vivemos. Por isso, tomaremos duas
metáforas pelas quais Jesus ensinou a respeito da relevância de seus discípulos
no mundo: o sal e a luz. Como esta ilumina o lugar de trevas, e aquela tempera
e conserva o alimento, somos chamados a influenciar o mundo atual.
I – O SAL TEMPERA E CONSERVA
1. Definição. Na Bíblia, a palavra “sal” aparece como
substância branca usada como tempero, remédio e conservante. No grego bíblico,
há pelo menos quatro significados para a palavra halas, substantivo neutro para
sal:1) como tempero; 2) como substância fertilizante para a terra arável; 3)
como substância que conserva os alimentos da deterioração; 4) como sabedoria e
graça no discurso.
2. A importância do sal. Podemos dizer que o sal tem a função de
dar sabor, pois um alimento na medida certa de sal é saboroso. Essa função
simboliza a vida moderada, equilibrada, de modo que traz uma ideia de boa
influência do crente sobre o mundo. Outra função do sal é a de preservar o
alimento da deterioração. Quando não havia tecnologia de refrigeração,
preservava-se a carne esfregando-a no sal e deixando-a na salmoura. Essa função
traz uma ideia de oposição ao mundo, pois os cristãos, como sal, são
“esfregados” num mundo em processo de apodrecimento moral e espiritual.
3. O cristão como sal. Como cristãos, devemos influenciar o
mundo que se encontra em estado de podridão espiritual. Nesse aspecto, o
cristão deve expressar os valores morais e espirituais do Evangelho em sua
vida, opondo-se aos valores do mundo. Não esqueçamos, portanto, de nossa
identidade verdadeira na relação que temos com este mundo, de acordo com as
palavras de nosso Senhor: “vós sois o sal da terra”.
II –
A LUZ ILUMINA LUGARES EM TREVAS
1.
Conceito físico e metafórico. A
luz procede dos corpos celestes (própria: estrelas; refletida: lua, planetas
etc.) que traz claridade e, por isso, é capaz de iluminar os objetos e
torná-los visíveis. Assim, a lâmpada emite luz, o fogo espalha a luz. Enfim, a
luz ilumina tudo e, portanto, não deixa lugar para trevas. Do ponto de vista
bíblico, a luz pode ser aplicada metaforicamente a); a Jesus; à Palavra de Deus;
aos discípulos de Cristo.
2. O
cristão como luz. Nas
palavras de Jesus não há dubiedades. Observe que Ele não disse: vós deveis ser
a luz; mas sim: vós sois a luz. No Reino de Deus, o que se espera do cristão é
que seja e viva como luz deste mundo. Ao referir-se ao crente como luz, Jesus
faz menção às boas obras produzidas por cada um de nós. Essas obras se caracterizam
pelos atos de amor e fé manifestos na vida do crente por meio de um testemunho
verdadeiro diante dos homens. Logo, a vontade de Deus é que as nossas boas
obras resplandeçam como luz e sejam vistas por todos os homens e estes
glorifiquem a Deus.
3. A
luz em lugares de trevas. Quando
disse que não se pode esconder uma cidade edificada sobre o monte, Jesus
referia-se à impossibilidade de esconder o brilho da luz. No Reino de Deus,
cada crente é uma luz que brilha no mundo o tempo todo. Nesse sentido, a
natureza de quem passou pelo Novo Nascimento é espalhar a “luz do mundo” por
meio da própria vida. Por isso, o crente deve estar no lugar para o qual foi
chamado, fazendo brilhar a luz por intermédio da boa obra. Entretanto, é
preciso atentar para esta verdade bíblica: o cristão não pode manter sua vida
como luzeiro pela própria força, mas por intermédio do Espírito Santo que o
fortalece.
III – DISCÍPULOS QUE INFLUENCIAM
1. Sendo “sal”. O sal não aparece, pois atua de maneira
oculta e silenciosa. Essa referência nos ensina que, antes de testemunharmos
publicamente, é preciso renovar o “homem interior”. Ou seja, antes de propagar
uma mensagem pública, ela precisa ser verdadeira dentro de nós. Nesse sentido,
o nosso testemunho não será titubeante. Assim, o sal poderá estar fora do
saleiro, espalhando-se por todo o mundo.
2. Sendo “luz”. Como luz, o cristão deve “brilhar” na
família, na escola ou na universidade, no trabalho e em toda a sociedade. Os
seguidores de Jesus não podem se esconder. Eles são chamados a andar na luz
como na luz Deus está. Logo, se o nosso caminho é luz, não pode haver trevas.
Nesse caminho não há lugar para escuridão, pois o caminho de Deus é de luz que
reflete sob sua Palavra.
3. A influência cristã. Paulo disse que temos um tesouro em
vasos de barro. Esse tesouro é a verdade do Evangelho. Nós devemos portá-la
como bandeira num mundo que inteiramente jaz no Maligno. Com isso, influenciar
a sociedade não significa que o crente seja excêntrico ou ostente alguma coisa.
Pelo contrário! A postura de quem é sal e luz é a de um embaixador de uma
pátria, cujas referências são a longanimidade, a mansidão e a moderação, bem
como outras virtudes do Fruto do Espírito. Portanto, o modo de viver por meio
de uma nova vida, e da prática de boas obras, levará os homens a glorificar a
Deus. Ouçamos, pois, o conselho de Paulo: “veja prudentemente como andais”.
CONCLUSÃO
Neste mundo dominado pelas trevas do
pecado, só mesmo a influência dos servos de Cristo para promover verdadeiras
mudanças. É preciso que a luz divina brilhe a partir de nós para que todos
vejam as nossas boas obras e glorifiquem o Pai. Mas também é preciso lembrar de
que sem um verdadeiro testemunho o Evangelho não será levado a sério entre os
homens. Entretanto, se o cristão mostrar uma vida verdadeiramente transformada,
sincera e sem artificialismo, exerceremos o nosso papel de sal da terra e luz
do mundo.
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